Como anunciar para o público certo no Meta Ads em 2025
Rodar campanhas que realmente convertem não é só questão de apertar botões e torcer para o melhor.
Na verdade, 90% dos seus resultados dependem de uma única coisa: segmentação — e nesse artigo eu vou te contar 20 princípios básicos (mas poderosos) pra segmentar o seu público no Meta Ads de maneira realmente eficiente.
E ó, não tem nada de segredo aqui, é tudo bem óbvio, só que muita gente ignora essas dicas que tão, na verdade, bem na sua cara.
É que as pessoas tendem a complicar o que não precisa ser complicado. Criam segmentações mirabolantes, misturam públicos sem muito critério, juntando público quente e frio sem entender o que estão fazendo. Aí, claro, se perguntam por que os resultados não aparecem.
Mas relaxa! Depois de ler este artigo bem direto ao ponto, você vai evitar esses erros, porque esse texto vai te dar o caminho das pedras. Então, pega uma água, começa a ler aqui e vem comigo – depois de entender isso, segmentar vai ser quase instintivo pra você!
OS 20 PRINCÍPIOS DA SEGMENTAÇÃO.
Bom, vamos direto às maneiras de segmentar seu anúncio.
1. Tem quatro maneiras de segmentar seu anúncio.
➔ Público-alvo (interesses, personalizado, semelhante, local, demográfico, idade…)
➔ Criativos.
➔ Objetivo.
➔ Pixel.
Para ficar mais fácil de entender:
Público-alvo: Quando você, dentro da ferramenta, define quem vai ver seus anúncios, com base em interesses, comportamentos e características demográficas.
Criativos: O que você disse nos primeiros segundos (ou nas primeiras linhas) de um anúncio influencia diretamente quem vai continuar assistindo até o final. Em outras palavras, o início de um anúncio tem um poder de segmentação. Exemplo: “Se você é médico e fatura mais de R$30.000 por mês, essa história vai te deixar sem chão…”.
Objetivo: Seu anúncio será entregue para pessoas que têm um perfil de consumo correspondente ao que você selecionou no objetivo da campanha. Então, se a sua campanha tem o objetivo de gerar engajamento, o Meta Ads vai procurar pessoas com tendência para engajar; se tem o objetivo de gerar leads, vai procurar pessoas com tendência para deixar seu contato; e assim por diante.
Pixel: O Meta Pixel é um código instalado no site que permite rastrear visitantes e coletar dados para otimizar campanhas. Quanto mais pessoas passam pelo seu site, mais a Meta entende quem é o seu público-alvo, e vai tender a procurar pessoas parecidas automaticamente para você, sempre que você roda uma campanha.
2. Quantidade x qualidade.
O tamanho da audiência costuma ser inverso à qualidade dela.
➔ Quanto maior o público, menor tende a ser sua qualificação.
➔ Quanto menor o público, mais qualificado ele tende a ser.
Exemplo: Pessoas que interagiram nas últimas 24 horas geralmente geram mais resultados do que aquelas que se engajaram há 30 dias.
3. Tamanho x escala.
O tamanho do público está diretamente ligado ao seu potencial de crescimento (ou seja, ligado com a capacidade de investimento e geração de resultados posterior).
➔ Quanto maior a audiência, maior a possibilidade de escalar.
➔ Quanto menor a audiência, menor o potencial de aumentar.
Exemplo: Pessoas que assistiram a um vídeo nos últimos 60 dias costumam ter maior capacidade de investimento do que aquelas que visualizaram nos últimos 30 dias.
4. Passo anterior: o nível antes da conversão final.
Os públicos que estão em um nível antes da conversão final costumam ser os mais valiosos.
Exemplo:
● Pessoas que visualizaram seu anúncio – 1000 usuários;
● Clicaram no anúncio – 100 usuários;
● Acessaram seu site – 80 usuários;
● Examinaram o produto – 50 usuários;
● Adicionaram ao carrinho – 40 usuários;
● Inseriram os dados de pagamento – 30 usuários;
● Concluíram a compra – 10 usuários.
Conclusão: As 20 pessoas que interromperam o processo entre a inserção dos dados de pagamento e a finalização da compra representam o público ideal para essa estratégia. Por isso, direcione seus anúncios especialmente para esses usuários, fazendo com que eles de fato concluam a compra.
5. Obviedade.
Segmentação não precisa de criatividade. Públicos óbvios funcionam melhor do que você tentar atingir públicos mais nada a ver.
Por exemplo, você quer anunciar para engenheiros, então o direcionamento detalhado do público para “Engenheiros”, “Engenharia”, vai funcionar melhor. Mas, se o público amplo assim não funcionar, o problema não é do direcionamento, é de alguma outra etapa do seu trabalho: (anúncio, verba, pixel, página, oferta, atendimento). Tem que fazer testes e conferir para ver mesmo.
6. Grau de engajamento.
Públicos mais engajados costumam gerar melhores resultados do que aqueles com menos interação.
➔ Alto engajamento, quente: Pessoas que quase finalizaram a compra, demonstraram forte interesse no seu produto/serviço ou interagiram com você recentemente.
➔ Engajamento moderado, morno: Usuários que já tiveram algum contato prévio com sua marca.
➔ Baixo engajamento, frio: Pessoas que nunca tiveram contato com sua marca.
Exemplo: Públicos que interagiram recentemente, visitantes do site, listas de e-mails e segmentos personalizados costumam ter um desempenho superior em comparação a públicos mais antigos, audiências semelhantes (lookalike), segmentações detalhadas e filtros por localização.
Agora vamos ficar um pouco mais diretos.
7. Quantidade de conjuntos.
Campanhas tendem a ter um desempenho mais eficiente quando utilizam entre 4 e 8 conjuntos de anúncios.Exemplo: Uma campanha com 12 conjuntos de anúncios geralmente não terá um rendimento tão bom quanto uma estruturada com 4 a 8. A diversificação atrapalha, nesse caso.
8. Segmentação geográfica.
Públicos baseados em áreas específicas (como CEPs, bairros ou cidades) costumam performar melhor quando utilizados isoladamente, sem combinação com outras segmentações. Outro caso que a diversificação atrapalha.
9. Agrupamento de públicos.
Audiências com características semelhantes tendem a gerar melhores resultados quando unidas dentro do mesmo conjunto de anúncios.
Exemplo: Se você tem um conjunto de anúncios com o público de “Envolvimento 30D” e outro com “Visitantes do Site 14D”, e ambos apresentam resultados similares, testar a fusão pode ser uma estratégia eficaz.
10. Distribuição do orçamento
Públicos amplos podem acabar absorvendo o investimento que deveria ser destinado a públicos menores.
Exemplo: Imagina que dentro da sua campanha seus públicos quentes são menores, se você colocar um conjunto de anúncio de direcionamento detalhado muito grande, pode ser que toda a verba seja encaminhada para o direcionamento detalhado.
11. Faça um isolamento dos públicos.
Dividir públicos em campanhas distintas pode potencializar os resultados, especialmente ao segmentá-los por nível de engajamento.
Exemplo: Em vez de misturar públicos quentes e frios na mesma campanha, crie campanhas separadas para cada um.
12. Semelhança.
Audiências lookalike costumam performar melhor em porcentagens menores, principalmente quando se assemelham ao público que já realizou a ação desejada.
Exemplo: Se seu objetivo é aumentar seguidores, o público “Semelhante 1% - Seguidores” tende a gerar melhores resultados do que “Semelhante 2% - Seguidores” ou “Semelhante 1% - Envolvimento 30D”.
13. Exclusão estratégica.
Se houver sobreposição entre diferentes públicos, utilizar exclusões pode evitar essa intersecção e melhorar a performance.
14. Segmentação de públicos grandes, a fatiação dos públicos.
Dividir audiências extensas pode resultar em melhor aproveitamento.
Exemplo: Uma lista de e-mails com 1 milhão de contatos, sendo que apenas 100 mil abrem os e-mails, pode ter mais sucesso se segmentada.
15. A escolha da meta: direcionamento próprio.
Se a Meta não aloca verba para determinado público, é um indicativo de que ele pode não gerar bons resultados. Não insista em forçar essa segmentação, provavelmente não vai funcionar mesmo.
16. Aumentar de maneira horizontal.
Duplicar um mesmo conjunto de anúncios pode incentivar a Meta a direcionar o orçamento para segmentos mais qualificados dentro desse público — embora, calma, não exista garantia de sucesso.
Exemplo: Replicar três vezes o conjunto de anúncios “Interesse em moda” pode fazer com que a Meta exiba os anúncios para três segmentos distintos dentro dessa audiência.
17. Anúncios personalizados.
Criar anúncios direcionados para segmentos específicos tende a gerar melhores resultados.
Exemplo: Um anúncio feito sob medida para pessoas que visitaram uma página específica terá um desempenho superior a um anúncio genérico.
18. A influência da ordem dos interesses.
Agrupar múltiplos interesses em um mesmo conjunto de anúncios pode gerar resultados diferentes do que segmentar eles em separado.
Exemplo: Anunciar para os interesses “Emagrecimento + Fitness” em um único conjunto não vai ter o mesmo efeito que criar campanhas distintas para cada um.
19. Qualidade é mais importante do volume.
O público que gera mais leads, engajamento ou seguidores nem sempre é o que mais converte em vendas.
Exemplo: Um público que gera 300 leads pode resultar em menos vendas do que outro que gera apenas 20, dependendo da qualificação da audiência.
20. Adaptação e diversificação.
Estratégias eficazes hoje podem não funcionar no futuro e vice-versa. Testar diferentes públicos é essencial para maximizar os resultados ao longo do tempo. Se duvidar, leia meu artigo sobre a importância dos testes nas campanhas de tráfego pago, e acho que vai mudar de ideia sozinho.
Esses foram os vinte princípios, que, como eu falei, não têm nada de muito misteriosos. São conclusões que, testando e testando, você chegaria sozinho, mas eu fui legal e já adiantei pra você. Então anota aí e passa a segmentar seus públicos no Meta Ads com essas dicas em mente, e, sempre que precisar, releia esse texto!
CONCLUSÃO
Agora que você já tem esses 20 princípios em mãos, só falta uma coisa: colocar em prática. Não adianta só entender a teoria se você continuar segmentando no automático ou insistindo em erros clássicos.
Mas, se você ainda tá “ai, Pedro, preciso estudar mais”, ao invés de ficar reclamando aproveita que você já tá estudando Meta Ads e salva mais dois artigos para você ler em sequência: como MELHORAR o resultado das suas campanhas E os 7 erros mais comuns em campanhas de tráfego pago e como evitar que eles aconteçam com você.
Faz um sanduíche caprichado de conteúdo hoje e bota pra dentro. Depois disso, duvido você me dizer que não se sente preparado pra botar em prática seu conhecimento.
Fato é que, estudando, testando e praticando, seus anúncios podem (e devem) ser mais estratégicos. E segmentação bem feita não significa complicação, muito pelo contrário. Quanto mais óbvio e bem estruturado, melhor o resultado.
Então, testa, ajusta, analisa os dados e, principalmente, não pare de aprender. O jogo do tráfego pago muda o tempo todo, e quem se adapta mais rápido sai na frente.
E ó, se esse artigo te ajudou, salva aí pra reler sempre que precisar. Agora é com você: bora rodar campanhas que realmente convertem!